PRESENÇA NO BRASIL
Presença no Brasil
CHEGADA DAS IRMÃS NO BRASIL
Congregação das Irmãs da Divina Vontade, em terra brasileira, de modo especial no município de Fartura, onde nasceu a Casa Mãe, Registrado desta verídica e maravilhosa história de amor cristão. Entretanto conforta e alegra a comunidade farturense de que toda a prova deste amor fecundo e santo estará gravado no livro da vida, no coração do Senhor que tudo pode, tudo vê, tudo conhece. Eis a história recordada:
“Aos vinte e um dias de julho de 1962, vinda da Itália, chegaram ao Brasil, após uma longa viagem, de catorze dias de navio, desembarcando no porto de Santos, as quatro primeira Irmãs: Maria Camilla Lanzarini, Virginia Segat (in memória n), Eurosia Pizzuto (in memoria), Nives Bernasconi(in memoria) acompanhadas pela Madre Geral irmã Stefanina Zandegiacomo e Irmã Antonietta Cuzolin.
No dia 24 do mesmo mês, as Irmãs foram acolhidas calorosamente por uma multidão que as aguardava na praça da matriz Nossa Senhora das Dores, em Fartura, cidade do interior paulista. Foi uma profunda emoção vivida por quem chegava e por quem acolhia”.
ENVIADAS PELA IGREJA
05.05.1962: a Madre Geral Stefanina Zandegiacomo, Ir.Antonietta Cuzzolin e Ir.Nives Bernasconi são recebida, em audiência particular, pelo Papa João XXIII e entregam a autobiografia de Madre Gaetana Sterni e recebem a bênção para a missão no Brasil.
A DISPONIBILIDADE AO APELO MISSIONÁRIO DA IGREJA
Para responder ao apelo da Igreja, vindo do SS.Padre Papa João XXIII, que sonhava ver partir para as Nações do mundo, mas especialmente para a América Latina, um grande número de religiosas, as Irmãs da Divina Vontade colocaram-se disponíveis, desejosas de partilhar a vida em terra brasileira.
O convite da Igreja foi acolhido como dom e vontade do Senhor. A solicitação torna-se realidade, pois a Congregação, ungida pelo ardor de entregar-se, envia para o Brasil as quatro primeiras Irmãs, seguidas mais tarde por outras almas missionárias. Elas chagam para abraçar, cuidar e promover a vida.
Dia 8 de junho de 1962, “dia inesquecível “.Santa Missa, café da manhã, comentários sobre a visita ao navio. Tudo é tão rápido e o momento da partida está próximo. O embarque é feito. Às 10 e 15 minutos, dois toques de sirene. Dois toques da sirene. A viagem estava para começar, e com as Irmãs iria viajar o senhor Bispo Auxiliar de S.Paulo, delegado da vida religiosa no Brasil.
24 de junho de 1962: sete horas da manhã: partida para Fartura. Estrada que parecia sem fim. Nova terra, novos ares, outra paisagem e pessoa s. Após 340 km: Piraju. Uma comitiva com o Padre Salvador Badame as esperava. Às 14 horas, destino: Fartura. Do alto da serra, uma parada e um momento especial: um beijo na terra da nova “Pátria”. Do alto da serra avistaram Fartura.
Fogos saudaram as Irmãs e avisaram o povo que estavam chegando.
A cidade: na praça da Matriz uma multidão aplaudia as Irmãs. Fogos de artificio, acenos, repicar do sino, visita rápida à S.Casa. Depois a santa Missa na Matriz.
Nova Terra, língua e cultura diferentes; a dificuldades da comunicação e do clima.
As primeiras Irmãs iniciaram seus trabalhos na Santa Casa de Misericórdia.
Em dezembro do mesmo ano, chegou Irmã Myrian a quem coube a direção do Parque municipal. Mais tarde, outras Irmãs: Elvira, Sandra, Renata, Uguliana, Lucidia, Ernesta, Maria Teresa, Maria Riccarda, Anna Maria Fagnello, Maristella Casagrande…
CONTRUÍDA A CASA DO NOVICIADO
25 de outubro de 1964 , dia de grande festa: colocação da pedra fundamental da casa de noviciado com a benção do Pároco de Fartura, Padre Salvador Badame, dos Padres Teatinos, e a participação do povo de Fartura e das autoridades locais. Neste dia deu-se a vestição religiosa (inicio do noviciado) das jovens: Idalina, Rosa e Maria Claudia.
A casa passou a se chamar “Noviciado Nossa Senhora da Anunciação” mais tarde, vários anos depois, passou a chamar “ Casa de Orientação”. Hoje conhecido pela população “Convento”,“ Casa de Espiritualidade Madre Gaetana Sterni”.
4 de fevereiro de 1967, as irmãs começam a habitar no convento. A benção oficial se deu no dia 11 de fevereiro, na comemoração de Nossa Senhora de Lourdes, pelo Bispo diocesano de Botucatu, Dom Henrique Golland Trindade.Foi um Hino de gratidão ao Senhor.
Dia 17 de fevereiro de 1967 As irmãs iniciam o trabalho de Assistência aos idosos no Lar Vicentino de Paula, mais tarde na obra Social “Casa dos menores” uma resposta a realidade social das famílias em dificuldade e crianças em situação de abandono: atividades cansativas do dia a dia e, ainda incompleto, daí a necessidade, a obrigatoriedade das improvisações inteligentes, económicas e eficazes.
Amar para as Irmãs nunca significou apenas o atendimentos das necessidades temporais e espirituais, pois as obras de misericórdia devem despertar no ser humano, conhecer a sua dignidade como cidadão do céu e da terra: direitos e deveres bem como a conscientização do seu protagonismo na construção de uma sociedade mais justa, por isso, fraterna, solidária. E como? Pela vivência do amor que “não busca os seus próprios interesses” (conf: I Cor 13, 15).
NOVAS FRENTES DE MISSÃO ABERTURAS DE NOVAS COMUNDADES
Em atenção as realidades de maior necessidade as Irmãs iniciam outros campos de missão fora de Fartura: Taguaí “Parque Infantil” pela Irmã Catarina Compostella e a pedido do Bispo da diocese assumem o trabalho no Hospital Beneficiência Portuguesa de Bauru pela Irmãs Gianna Marson e Alessandrina Franciosi.
Com a chegada de vocações brasileiras, e vindas de outras irmãs da Itália, a congregação pode atender a outras solicitações, dando respostas as necessidades da igreja e do povo. Foram abertas novas comunidades e a missão foi se expandindo em nosso Brasil.
De fartura as irmãs chegaram a outros estados do Brasil, com uma atuação assinalada pela alegria, competência, perseverança, disponibilidade, coragem, fé esperança, inteligência e tantas outras características de sua amorosa vocação.
CORRÊA CUSTÓDIO Hezion (Org.)
IRMÃS DA DIVINA VONTADE,
Memórias do povo de Fartura, sobre a chegada as , sobre a chegada as primeiras irmãs em 1962.